Teve início, na nesta segunda-feira (2), o debate para a Campanha Salarial 2018. Em reunião na sede do Sindicato, a Diretoria definiu as estratégias para o enfrentamento com o patronal. Diante das ameaças trazidas pela reforma trabalhista, o momento exige a unidade entre trabalhadores e representações sindicais. "Essa vai ser uma Campanha muito difícil, em que parte dos empresários, sobretudo as empresas estrangeiras, estão ávidas por reduzir salários e cortar os direitos alcançados pelo Sindicato", analisou Antonio Neto.

Uma matéria publicada na Folha de S. Paulo desta terça-feira (3) trata da verdadeira intenção de investidores internacionais com a reforma. Durante o encontro na Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos, realizado semana passada em Nova York, empresários mostraram-se decepcionados ao descobrir que não poderiam reduzir salários e driblar processos trabalhistas de forma sumária.

Demissões em massa, substituição de contratos celetistas por práticas irregulares e precárias de trabalho e corte de salários estavam entre os anseios dos predadores. "Nunca foi tão importante a participação ativa e apoio dos trabalhadores para enfrentar toda e qualquer tentativa de retrocesso", defendeu o presidente do Sindpd.

Durante o encontro, a Diretoria reafirmou a tentativa das empresas e setores econômicos de desestruturar o único mecanismo de defesa dos trabalhadores - os sindicatos. O ataque às entidades sindicais tem como foco extinguir as Convenções Coletivas, que garantem direitos básicos e conquistas alcançadas após anos de lutas.

O Sindpd possui uma das quatro melhores CCTs do País segundo o DIEESE. Nela estão garantidas conquistas históricas, tais como jornada de 40 horas semanais, vale-refeição, apresentação da proposta de Participação nos Lucros e/ou Resultados e auxílio-creche para crianças de até 60 meses.

"Vamos lutar e conclamar a categoria para que nada se perca, pelo contrário. Os caminhos que foram construídos até aqui têm como único objetivo favorecer os empresários às custas dos empregados. Em um momento como esse, os sindicatos nunca se fizeram tão necessários", concluiu Neto.