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15 de Fevereiro de 2017
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Sem avanços na negociação salarial, trabalhadores já avaliam possibilidade de greve
Patronal insiste em fatiar índice, mas Sindpd não aceita escalonamento e mantém a sua posição firme por aumento real.



Em uma das negociações salariais mais difíceis dos últimos anos, os dirigentes do Sindpd e do sindicato que representa as empresas (Seprosp) voltaram a se reunir nesta quarta-feira (15) para a sexta rodada de discussão da Campanha Salarial 2017. Com a intransigência do setor patronal, que voltou a trazer à mesa uma proposta de escalonamento do reajuste salarial, o Sindicato dos trabalhadores já se movimenta para uma possibilidade de greve dos profissionais de TI no Estado de São Paulo.

No encontro desta quarta, pouca coisa avançou na proposta da comissão representada pelo Seprosp. Os patrões voltaram a ofertar um aumento salarial fatiado, sendo 4,4% a partir de janeiro e os 1,89% restantes apenas em novembro. Além disso, incluíram na proposta um abono de 5% a ser pago somente no mês de agosto.

Os números pouco diferem da oferta que havia sido apresentada na semana passada. Com isso, a proposta da comissão patronal ainda significa um achatamento dos salários dos trabalhadores de TI, já que nem sequer atinge a inflação de 2016. O Sindpd, por sua vez, manteve na mesa a sua reivindicação de reajuste salarial com correção integral das perdas inflacionárias do ano passado acrescida de aumento real.

Assim como já havia feito na rodada anterior, quando a proposta de reajuste fatiado foi feita pela primeira vez pela comissão patronal, o presidente do Sindpd, Antonio Neto, rechaçou essa possibilidade.

"Vou ser muito sincero e franco com vocês para gente não perder mais tempo. Se não houver possibilidade de reajuste em parcela única, quero propor que nós encerremos as negociações. O Sindpd não tem condições de aceitar parcelamento ou faseamento ou qualquer coisa que seja diferente de dar um aumento único a partir de 1º de janeiro", afirmou Neto.

"Eu tenho procurado ser muito claro e quero que vocês entendam isso: com essa perspectiva de parcelamento do reajuste, nós não fecharemos acordo. Eu não vou nem contrapropor essa oferta de vocês, a minha proposta ainda está na mesa: é aumento real mais a inflação do ano", disse o dirigente.

Sindicato não aceita retrocessos

Com o impasse relacionado ao índice de reajuste salarial, outras reivindicações levadas pelo Sindpd nem chegaram a ser debatidas nesta sexta rodada. O presidente do Sindpd, no entanto, deixou claro que não vai aceitar retrocessos e que o setor patronal tem buscado piorar a Convenção Coletiva dos trabalhadores de TI, que já foi apontada como uma das melhores de todo o País.

"Vocês não aceitaram melhoria na assistência médica, querem mexer nos textos da PLR e do VR. Não trouxeram uma melhoria para a Convenção. Se é para ficar igual a Convenção, então que pelo menos tragam uma proposta de reajuste com correção da inflação mais aumento real. Coloquem na mesa parcela única. Do contrário, quero dizer para vocês que encerro a negociação", disse Neto.

Com o impasse, a comissão do Seprosp solicitou que uma nova rodada fosse agendada para a próxima quinta-feira (23), às 14h30. De forma paralela, o Sindpd continuará consultando a categoria e mantendo a sua posição firme de não aceitar perdas e retrocessos, nem que para isso seja preciso convocar os trabalhadores para um movimento em defesa dos seus direitos.

"O setor de TI se manteve saudável e bastante ativo mesmo neste período mais difícil para a economia do nosso País. Essa posição intransigente das empresas de querer achatar salários e cortar direitos não tem nenhuma justificativa. Não podemos abrir mão de conquistas que obtivemos com muito esforço nos últimos anos. Seguiremos na luta", argumentou Neto.

"O único 'ento' que aceitaremos é o de aumento. Não aceitaremos parcelamento, faseamento nem fatiamento", completou o presidente.

Principais demandas do Sindpd:

- Reajuste salarial de 8,29% (IPCA de 2016 (6,29%) mais 2% de aumento real);

- Redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais sem diminuição de salários;

- Pagamento de vale-alimentação;

- Vale-refeição de R$ 20 para jornada superior a 6h/dia e R$ 18 para até 6h/dia.

- Pagamento integral de plano médico, hoje custeado em 70% pelos trabalhadores;

- Auxílio-creche de 50% para crianças de até 72 meses;

- Hora extra de 100% nas duas primeiras horas e 150% nas demais e finais de semana;

- Licença-maternidade obrigatória de 180 dias;

- Seguro de vida equivalente a 30 pisos salariais;

- Garantia de reembolso de km para trabalhadores que usam os próprios veículos;

- Pagamento de vale-cultura;

- Custeio de bolsa de estudo para qualificação profissional.

O que propôs o Seprosp:

- Reajuste salarial de 6,29% parcelado em duas vezes (4,4% agora e 1,89% em novembro), além de abono de 5% em agosto;

- Vale-refeição de R$ 17,50;

- Manutenção da jornada de trabalho em 40 horas semanais;

- Redução da multa para empresas que atrasam salários;

- Desobrigação de continuidade da PLR para empresas que já pagam o benefício;

- Desconto do vale-refeição em caso de faltas ou ausências dos trabalhadores;

- Rejeição a todas as demais propostas feitas pelo Sindpd.

Assista à íntegra da sexta rodada de negociação da Campanha Salarial 2017:





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