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16 de Janeiro de 2017
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Na contramão da crise, setor de Tecnologia da Informação tenta preencher cargos
Reportagem aponta demanda do segmento de TI por mão de obra especializada



Pelas contas do IBGE, o desemprego no País atingiu a maior taxa dos últimos cinco anos: 11,9%. Construção civil, agricultura e indústria estão entre os setores que mais perderam postos. Porém, um segmento teve um desempenho "menos ruim". Segundo dados da Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação (Assespro), 30% das empresas de TIC ficaram estáveis em termos de empregos e 58% fizeram contratações. E mais: muitas estão com vagas abertas - que custam a ser preenchidas.

O que faz o setor de TIC ser diferente do quadro geral do Brasil? Uma demanda ávida por mão de obra altamente especializada. "Apesar de termos no Recife um Centro de Informática como o da Universidade Federal de Pernambuco, que é muito bom, tem sido muito difícil encontrar pessoas no nível que a gente busca. E como não temos cedido a isso, algumas vagas estão em aberto há quase três meses", conta o diretor executivo da In Loco Media, André Ferraz.

Três fatores, na opinião do executivo, pesam para essa escassez de profissionais. "A formação é deficitária e muitas pessoas não têm o interesse de estudar determinadas áreas que estão em alta. Mas para nós ainda há o problema que a maioria das empresas daqui não exercem as atividades que exigimos, então é difícil recrutar localmente", afirma Ferraz. Em busca desses profissionais, a In Loco mudou até de lugar: saiu do Pina e foi para o Bairro do Recife, para ficar mais próxima do Porto Digital.

"Essa decisão foi tomada pensando 100% no recrutamento. Queríamos estar mais visíveis", lembra o diretor executivo. A empresa ainda tem buscado profissionais em outros Estados e até fora do País. "Já repatriamos gente que era do Facebook e do Google. Tem sido nossa principal ferramenta", afirma Ferraz. A In Loco espera que até o fim do ano não só preencha as vagas que ainda estão em aberto, mas contrate 100 pessoas. Outra empresa de TI, a multinacional ThoughtWorks tem por política, por exemplo, sempre manter vagas em aberto. "Isso acontece não só por constantemente necessitarmos de profissionais para os novos projetos, como também ajuda a nos mantermos antenados com o mercado, em contato com pessoas novas", explica o recrutador da empresa no Recife, Rodrigo Freitas.

Espera-se que a demanda por profissionais de TI continue crescendo este ano. De acordo com empresa de recrutamento especializado Robert Half, em seu relatório Guia Salarial 2017, "as empresas terão que, cada vez mais, investir em recursos tecnológicos para manterem-se competitivas. Dessa forma, a área de tecnologia deixa de ser vista somente como suporte para ser projetada à posição estratégica e abrir espaço para profissionais qualificados".

As áreas mais carentes concentram-se em Big Data, Mobile e Segurança da Informação. Segundo o levantamento da Robert Half, "as companhias que atuam de forma 100% digital, que possuem um e-commerce forte ou ainda que lidam com um grande volume de dados (Big Data), desejam profissionais que mesclem conhecimentos de TI com estatística para conseguirem traduzir os dados de negócio em informações estratégicas para a tomada de decisão".

Essa percepção é a mesma do recrutador da ThoughtWorks, que avalia que para além do quesito técnico, faltam aos profissionais de TI mais conhecimento sobre os negócios dos seus clientes. "As próprias empresas precisam criar uma cultura na qual o funcionário seja levado a questionar o que eles estão fazendo e procurar entregar mais valor aos clientes, além de resolver com tecnologia aquele problema imediato. Mais do que um desenvolvedor, o mercado precisa de mais consultores de software", acredita Freitas.

Fonte: Jornal do Commercio


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