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09 de Janeiro de 2020
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I FestFérias promete diversão no teatro para crianças
O Festival oferece programação extensa, além de oficina; diretor do Teatro Commune fala sobre o FestFérias e importância do Teatro



As férias de verão da criançada vão ficar ainda mais agitadas com a primeira edição do FestFérias, que conta com seis espetáculos teatrais e uma oficina para os pequenos. A mostra acontece no Teatro Commune de 12 de janeiro a 2 de fevereiro, com atrações de terça a domingo.

Também no sábado, as crianças e seus pais poderão participar da oficina "Quem Quer Faz", com Carlos Meceni e Renan Pessoa, que estabelece um jogo dramático no qual todos os participantes se envolvem em uma experiência criativa, lúdica e libertária para construir bonecos e fazer pequenas representações.

A mostra é uma realização do Teatro Commune e da Rede de Teatros e Produtores Independentes.

Confira a programação abaixo:






I FESTFÉRIAS NO TEATRO COMMUNE

12 de janeiro a 2 de fevereiro

Teatro COMMUNE - Rua da Consolação, 1218 (ao lado do metrô Higienópolis - Mackenzie - Linha 4 - Amarela) - Estacionamento ao lado

Ingressos: R$40 (inteira) e R$20 (meia-entrada)

Associado tem desconto de 50% no segundo ingresso (acompanhante).

Bilheteria: (11) 3476-0792

Mais informações: Luciane Ortiz (11) 95061-9530 ou Augusto Marin: (11) 997665-2205

Capacidade: 99 lugares

Entrevista com Augusto Marin

Augusto Marin, diretor do Teatro Commune, referência teatral no Brasil, nos deu uma entrevista exclusiva, falando sobre o FestFérias e a importância do teatro para as famílias nos dias de hoje.

1) como surgiu a ideia para criar o FestFérias?

Augusto Marin: A ideia de fazer esse festival surgiu há algum tempo, quando sentimos a necessidade de abrir um espaço para as crianças nos meses de férias de janeiro e julho. Já havia esse projeto há alguns anos e agora conseguimos realizá-lo em uma parceria entre a Rede de Teatros e Produtores Independentes e o Teatro Commune. É um projeto conjunto, tem uma série de pessoas envolvidas nessa organização - a Luciane Ortiz, o Paulo Drummond, o Chico Cabrera, o Lucas Garcia, entre outros.

Conseguimos de fato botar o bloco na rua e fazer o I FestFérias, que tem a proposta de ocupar um pouco desse espaço infanto juvenil não só com espetáculos, mas trazendo, em outras edições, oficinas, cursos, jogos e brincadeiras. Vamos fazer toda uma programação voltada para as crianças em janeiro e julho. A ideia é fazer um segundo FestFérias ainda neste ano.

O festival vem fazer uma ocupação do Teatro Commune com uma programação de altíssima qualidade. Essas peças todas já circulam há algum tempo, algumas delas já ganharam prêmios e já foram apresentadas em outros países.

2) de que modo o teatro infantil se faz importante nos dias de hoje?

Marin: Eu acho que o teatro infantil é extremamente importante. É o lugar dos afetos, dos encontros. É onde conseguimos ver um recorte da realidade por meio da ficção. O teatro é uma das artes que une mais elementos e talentos - a música, a fala, o texto, a plástica, a cenografia. E eu acho que o teatro infantil tem um papel fundamental nos dias de hoje que é poder trazer o lúdico, a brincadeira, a criatividade e a imaginação para as crianças. Isso, quando é bem feito, com todo o cuidado e qualidade, é precioso. Se você conseguir fazer com que as crianças se encantem pelos personagens, pela fantasia e por aquele universo, com certeza, vai marcá-las para o resto da vida.

Um aspecto importantíssimo do festival é fazer um trabalho de formação de espectadores para as próximas gerações. Porque as crianças de hoje podem ser um bom público - e não digo apenas aquelas que vão trabalhar com teatro ou com o universo cultural - que é crítico e atuante. Estamos formando essa plateia para o futuro e isso é muito importante. Se apresentamos uma peça de qualidade para a criança, começamos a trazer novas pessoas para o teatro, para a arte e para a cena.

3) qual é o papel do Teatro Commune e da Rede de Teatros e Produtores Independentes em seus projetos de arte teatral para a sociedade?

Marin: O Teatro Commune pertence à Commune, que é uma OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) e é um grupo teatral desde 2003. Nós lançamos agora há pouco um livro de 15 anos de história, temos vários espetáculos em repertório e estamos na estrada todo esse tempo. Já fomos para outros países e estados. E hoje mantemos o Teatro Commune como um espaço e um laboratório de pesquisa e criação, formação, divulgação dos nossos trabalhos e de parceiros, amigos e outros grupos que trabalham conosco. E fizemos vários eventos, como uma residência artística com o diretor inglês John Mowat. Fizemos dois trabalhos com ele, "Otelo" e "Na Cama com Molière". Trouxemos o Enrico Bonavera, da Commedia Dell'Arte. Enfim, fizemos vários eventos, residências artísticas e oficinas com gente de fora e pessoas importantes.

E o Teatro Commune cada vez mais tem se firmado como um polo de referência teatral e cultural na cidade de São Paulo e no Brasil. É um polo muito significativo de resistência e de referência teatral para as artes cênicas.

A Rede de Teatros e Produtores Independentes é uma associação da sociedade civil, sem fins lucrativos, criada em 2015. E nós temos articulado uma série de programa e políticas. Como, por exemplo, a formação de público com escolas públicas, trazendo os alunos para o teatro. Criamos e aprovamos uma lei de isenção de IPTU para os pequenos teatros. Estamos batalhando por políticas públicas junto às leis de incentivo municipais, estaduais e federal. Recentemente, a Rede elegeu em Brasília o Célio Pontes, que é um dos participantes do Conselho Nacional do extinto Ministério da Cultura e atual Secretaria de Cultura. Tivemos uma participação muito importante nesse processo.

E agora estamos trabalhando para desenvolver algumas outras atividades mais artísticas, como o FestFérias, que é o primeiro evento que a Rede faz em parceira com um teatro, com o objetivo de juntar os grupos independentes e fazer um trabalho de encontro, de troca, de intercâmbio e apresentação. Então, a Rede vai seguir cada vez mais por esse caminho de também organizar alguns eventos, cursos.

A ideia da Rede é cada vez mais ser uma entidade que articula políticas e programas, mas também promove eventos que se direcionem para a cena independente. Nós começamos a Rede batalhando pela autonomia dos teatros de rua, que hoje são quase 90 no centro de São Paulo. E expandimos para incorporar os produtores, artistas e grupos independentes.

Augusto Marin é ator e diretor teatral. Atualmente é diretor do Teatro Commune e coordenador da Rede de Teatros e Produtores Independentes. Formado pela UNICAMP e mestre em Artes Cênicas pela ECA-USP com a dissertação "Arlecchino na Dramaturgia Performativa de Dario Fo". Desenvolve pesquisa sobre Commedia dell´ Arte, a obra de Dario Fo e a criação e adaptação de textos a partir de uma releitura satírica da realidade. Trabalhou como assessor na Secretaria de Cultura de Campinas, na qual criou e organizou os Festivais Internacionais de Teatro da Unicamp (1989-93) e o I Encontro de Teatro de Rua de Campinas (1992). Em 2003 fundou a OSCIP COMMUNE e o Coletivo Teatral Commune, que criou o Teatro Commune (2007), hoje um laboratório de pesquisa, formação e montagem cênica do grupo, uma referência nas artes cênicas na cidade de São Paulo.







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